As
toxinfecções alimentares são doenças causadas pelo consumo de água ou géneros
alimentícios contaminados com bactérias, parasitas, vírus ou substâncias
tóxicas.
Os alimentos
crus como as aves, peixes e legumes são potenciais portadores de bactérias e
outros microorganismos que necessitam ser eliminados nos processos de
preparação e confeção. Por outro lado, os alimentos cozinhados são, muitas
vezes, contaminados por mãos sujas ou indevidamente higienizadas, por insetos,
roedores, ou por atos simples como o espirrar ou tossir.
As refeições
contaminadas, consumidas pela população provocam sintomas, como diarreia,
vómitos, dores abdominais, febre ou desidratação, estômago pesado, digestão
difícil, mal-estar, dores de cabeça após a refeição, azia repentina, erupções
cutâneas e náuseas, que podem iniciar-se pouco tempo, algumas horas ou dias,
após a ingestão. A gravidade dos sintomas depende do tipo de agente patogénico,
da sua quantidade presente no alimento, da toxina que esse agente possa
produzir e da susceptibilidade do consumidor.
Assim, para
evitar que seja posta em perigo a saúde pública, as estruturas, as instalações
e o equipamento dos estabelecimentos de restauração devem funcionar em boas
condições e ser mantidos em perfeito estado de conservação e higiene. Não
podemos esquecer, que as medidas de higiene individual, dos locais de trabalho
e dos alimentos são essenciais para a eficácia da prevenção das toxinfecções
alimentares. Estas medidas visam reduzir as fontes de contaminação e os meios
de transmissão dos agentes que causam efeitos indesejáveis nos alimentos e na
saúde dos consumidores.
Desta forma,
os estabelecimentos procuram os serviços da empresa Alkemi, associada a Rentokil
Initial para realizar análises e consultadorias. (Figura 1)
Figura 1 – Logotipo da empresa Alkemi
Na
realização das colheitas de amostras de alimentos, é necessário estar
devidamente equipado (touca, máscara de proteção respiratória, proteção para o
calçado, bata descartável e luvas esterilizadas), para evitar a contaminação da
colheita de amostra de alimentos.
Os técnicos
especializados realizam colheitas de amostras de alimentos, mais propriamente,
de óleos usados, de alimentos e dos utensílios e das bancadas de preparação dos
alimentos, bem como das mãos de um manipulador, para posteriormente enviá-las
para análise. (Figura 2)
Figura 2 – Amostras colhidas
Os técnicos
da Alkemi realizam as colheitas de
amostra de alimentos e de óleos em frascos esterilizados. Seguidamente, são
efetuadas duas colheitas de amostra, em cada local necessário, nomeadamente nos
utensílios e nas bancadas de preparação dos alimentos, bem como nas mãos de um
manipulador, em meios de cultura apropriados, para a análise físico-químico e
microbiológica. Antes de realizar as colhidas para análise das bancadas e dos
utensílios de preparação de alimentos, não se devem limpar os locais e
utensílios, para se aproximar às condições normais de trabalho.
Por
fim, devem identificar-se todas as amostras, preencher o Boletim de Colheita de
Alimentos e acondicioná-los numa mala térmica, de modo a que a amostra seja
transportada até ao laboratório de análise da Alkemi, sem possíveis alterações.
Caso
os valores da análise da colheita de amostra de alimentos seja considerada imprópria para consumo, os técnicos
devem identificar a causa ou causas do problema e tomar ações imediatas,
procedendo a uma vistoria. Esta permite verificar as condições das instalações,
os procedimentos tidos aquando do processo de preparação, confeção e
empratamento, bem como algumas deficiências a nível de funcionamento e de
equipamentos, que deverão ser corrigidos com carácter de urgência. (formação do
pessoal, equipamentos da cozinha, procedimentos de limpeza) É também importante
verificar a formação dos manipuladores de alimentos em termos de Higiene e
Segurança Alimentar e em HACCP, Análise de Perigo e os Pontos Críticos de
Controlo.
Em
suma, a higiene e segurança dos produtos alimentares devem ser garantidas pela
implementação de medidas preventivas, tais como o cumprimento de Boas Práticas
e a Aplicação do Sistema de Identificação de Perigos e Pontos Críticos de
Controlo (HACCP), constituindo as análises microbiológicas uma parte do sistema
devendo ser realizadas com periodicidade. (Figura 3)
Figura 3 - Etapas da
Análise de Perigo e Pontos Críticos de Controlo (HACCP)
Deste
modo, através do Decreto-Lei n.º 117/95, de 30 de Maio, compete ao Técnico de
Saúde Ambiental “atuar no controlo sanitário do ambiente, cabendo-lhe detetar,
identificar, analisar, prevenir e corrigir riscos ambientais para a saúde, atuais
ou potenciais, na área de proteção sanitária básica e luta contra meios e
agentes de transmissão de doença, respetivamente, na participação em ações que
visem a higiene dos alimentos e dos estabelecimentos do sistema de proteção e
consumo.”
Alkemi –
Análisis y Consultoria. Consultado a 30 de Maio de 2012. Disponível em URL: http://www.alkemi.es/index2.htm
Diário da República. Ministério da Saúde.
Decreto-Lei n.º 117/95 de 30 de Maio. Consultado a 30 de Maio de 2012.
Disponível em URL: http://estescoimbra.pt/images/admin/file/Sa%C3%BAde%20Ambiental/Decreto-Lei%20117-95.pdf
M. Vitor.
Técnicas e equipamentos de hotelaria. Higiene, Segurança, Conservação e
Congelação de Alimentos. (4º Edição) Consultado a 30 de Maio de 2012.
Ministério
da Saúde. Administração Regional de Saúde do Algarve. Estabelecimentos de
Restauração e bebidas. Consultado a 30 de Maio de 2012.
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