31 dezembro, 2011

Boas Entradas em 2012


Os fogos de artifício anunciam que o novo ano chegou e as taças de champanhes cruzam-se anunciando que o ano 2011 fica distante.
Os seres humanos cruzam os seus olhares e de mãos entrelaçadas, num abraço caloroso, num só pensamento, têm como desejo e ambição que haja no ano que se avizinha paz, amor e saúde. Nesse instante, não importa a nação, a língua, a cor, a origem, a mágoa, o rancor, o ódio e todos cantam uma só canção, um só hino de esperança. Esquece-se o passado e abre-se a mente para o futuro venturoso, cheio de esperança que irão viver porque só o Homem pode alterar os rumos da vida.
Com a entrada no novo ano as doze passas são as mais requisitadas e nesse momento, todos pedem desejos e muitos reflectem nos erros e nas vitórias que nele tiram benefício.

Desejo que no novo ano que se inicia, possam viver intensamente cada momento com muita paz, amor, saúde e esperança e que todos os vossos desejos se realizem.

 (Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=J9OqAw7Lj9U)

Votos de um Feliz Ano Novo!

27 dezembro, 2011

"Processionária do Pinheiro"

Figura 1 – Ninho da Processionária
Numa das visitas à bela Vila de Alcoutim, tive a possibilidade de ver um ninho da Processionária (Figura 1), que se localizava junto à Zona Balnear do Pego Fundo. (Figura 2) Esta designa-se também como lagarta do pinheiro, sendo o seu nome científico Thaumetopoea pityocampa Schiff., e é um insecto desfolhador, que pode parasitar todas as espécies de Pinheiros (Pinus) e Cedros (Cedrus), em Portugal.
É de notar, que nos últimos anos, têm-se verificado ataques de elevada intensidade desta praga, sendo o principal factor as condições climáticas.
Em termos de Saúde Pública, a Processionária pode provocar graves problemas de saúde, tendo efeitos nocivos nos humanos e também animais, devido a esta espécie libertar milhares de pêlos urticantes que se espalham pelo ar, causando sinais e sintomas de reacções alérgicas, nomeadamente:
            - Urticária (irritações na pele, geralmente ardor, comichão e manchas avermelhadas na pele);
             - Irritações nos olhos (olhos avermelhados, inchados e com comichão);
             - Alterações no aparelho respiratório (dificuldade respiratória).

 Figura 2 – Ninho da Processionária em Alcoutim

Ciclo de vida
Figura 3 – Ciclo de vida da processionária

O ciclo de vida da Processionária contém cinco estádios de crescimento, que abrange duas fases que decorrem em estados diferentes do ecossistema. A fase aérea na copa do hospedeiro inclui a postura e o desenvolvimento larvar e a fase subterrânea constituída pela pré-pupação, pupação e desenvolvimento do adulto. (Figura 3)
A passagem de uma fase à outra verifica-se entre Fevereiro e Maio com a migração colectiva das lagartas, que abandonam o hospedeiro em procissão para se enterrarem no solo a alguns centímetros de profundidade (entre 10 a 20 centímetros). (Figura 4)

Figura 4 – Lagartas de Thaumetopoea pytiocampa em procissão

A lagarta do pinheiro, nomeadamente a lagarta de Thaumetopoea pytiocampa evolui pelas seguintes fases:
                        - Ovo
                        - Lagarta
                        - Pupa ou Crisálida (Casulo)
                        - Insecto Adulto (Borboleta)


Figura 5 – Fases da Processionária

O ciclo da Processionária inicia-se com o acasalamento dos insectos adultos (Borboletas), iniciado em Junho e prolongando-se até meados de Agosto, onde as fêmeas após fecundadas procuram um local adequado para dar inicio à fase aérea, mais propriamente, a postura.
Com o inicio do desenvolvimento larvar, nascem as lagartas, em meados de Setembro. (Figura 6) Findo o primeiro estádio de desenvolvimento larvar, onde a duração é de cerca de quinze a vinte dias, as lagartas sofrem a primeira muda, onde estas apresentam pêlos brancos na região lateral e pêlos alaranjados na região dorsal, destacando-se logo pequenas manchas negras em cada segmento, que correspondem aos receptáculos dos futuros pêlos urticantes.
A partir do terceiro estádio, as lagartas, após fazerem os seus ninhos definitivos, aglomeram-se. A estrutura dos ninhos feitos, possibilita uma eficaz acumulação de calor, que permite a sobrevivência das lagartas durante o Inverno. Estas alimentam-se durante o período nocturno, ficando presas por um fio sedoso, que lhes permite regressarem.
Nos últimos estádios de desenvolvimento larvar, o aparelho defensivo das lagartas está formado, sendo composto por oito receptáculos localizados entre o primeiro e o oitavo segmentos abdominais, onde cada um dos segmentos contêm aproximadamente 120000 pêlos urticantes de coloração alaranjada e com propriedades urticantes, que causam alergias na pele, globo ocular e aparelho respiratório. Estas alergias são sempre muito desagradáveis e podem ter consequências graves na saúde pública, dependendo da sensibilidade do indivíduo atingido.
Após terminar a fase aérea, mais especificamente o desenvolvimento larvar, inicia-se a fase subterrânea com a procissão das lagartas até ao solo, na procura de um local para puparem, sendo esta, liderada por uma fêmea. (Figura 7) A procura de um local pode prolongar-se durante vários dias com protecção provisória nocturna ou perante condições atmosféricas desfavoráveis.
O contacto com esta espécie pode causar intoxicação, assumindo um carácter sazonal que depende do clima da região, com maior incidência na Primavera e no Verão.

Figura 6 – Processionária do Pinheiro


 Figura 7 – Processionária do Pinheiro em procissão

 
“Prevenir é melhor que remediar”

É de salientar, que os insectos apenas se tornam pragas quando se altera o seu equilíbrio natural. Deste modo, sugere-se que previamente a qualquer tratamento efectivo seja levado a cabo um conjunto de trabalhos expeditos de monitorização que permitam uma melhor adequação das acções a realizar. As acções de avaliação preliminar no caso da Processionária do Pinheiro são baseadas na monitorização com recurso a meios biotécnicos (utilização de armadilhas) e à observação directa (visita aos possíveis locais de ocorrência, com vista à observação dos sinais da presença da Processionária), realizada por técnicos especializados. Estes determinam com estas acções, o inicio de emergência dos adultos, como também a presença efectiva da Processionária do Pinheiro e os seus níveis, procedendo-se à avaliação das necessidades de intervenção. Os tratamentos dependem da adequação do tipo de procedimento ao estádio de desenvolvimento em que a praga da Processionária se encontra, existindo inúmeros métodos preventivos para controlar as populações de Processionária, sendo estas:

Tratamentos Microbiológicos
Só se realiza este tratamento enquanto a Processionária do Pinheiro se encontrar no estado de ovo ou no primeiro/segundo estádio de desenvolvimento larvar, sendo aplicado insecticida microbiológico à base de Bacillus thuringiensis ou insecticida inibidor do crescimento (Diflubenzurão)., o que se prevê ocorrer entre Setembro e Outubro. A aplicação desta substância poderá ser executada por auxílio de meios aéreos (avião ou helicóptero) ou manualmente, equipado com óculos e com protecção na cabeça e pescoço.

Tratamentos com Reguladores de Crescimento
Este tratamento só é eficaz nos primeiros estádios de desenvolvimento larvar das lagartas, uma vez que se está a formar a quitina. É aplicado o insecticida à base de diflubenzurão, que pertence ao grupo dos reguladores de crescimento dos insectos, podendo ser aplicada em finais de Outubro e inícios de Novembro. A aplicação desta substância poderá ser executada por auxílio de meios aéreos (avião ou helicóptero).

Tratamento Mecânico
Este tratamento só é aplicável a infestações inferiores a cem ninhos por hectare, sendo aplicado petróleo ou gasóleo, dissolvido ou em emulsão insecticida, com o auxílio de um cabo longo que se introduz no ninho de forma a impregná-lo. É necessário que o trabalhador encarregado destas operações esteja devidamente equipado com óculos e com protecção na cabeça e pescoço.

Captura de lagartas com cintas adesivas
O método de captura de lagartas só se realiza quando atingem a fase de pré-pupação, quando este procura um local apropriado para a transformação em adulto (Borboleta). Este método pode ser realizado por captura manual das lagartas no solo e tronco das árvores atacadas ou na aplicação de cintas de captura com colas específicas inodoras, que mantêm a sua capacidade adesiva durante longos períodos. A aplicação deste, requer uma manutenção frequente e apenas se aplicará nas situações não abrangidas pelos métodos utilizados nas fases anteriores ou nas quais estes não foram eficazes.

Armadilhas Sexuais
As armadilhas são colocadas nos pinheiros entre Junho e Setembro, com feromonas sexuais para capturar os insectos adultos machos (Borboleta), manualmente. O objectivo deste é minimizar a praga da Processionária do Pinheiro.


Em suma, a Processionária do Pinheiro deve ser monitorizada, sobretudo nas escolas e locais onde estejam presentes crianças, para impedir sempre que possível, o seu acesso às zonas das árvores atacadas, principalmente nas alturas em que as lagartas descem das árvores.
Caso, nas escolas ou à volta da sua casa, suspeite que tenha nos pinheiros a Processionária, deverá tomar as seguintes medidas preventivas:
         - Desinfestação por pessoal especializado (na realização de qualquer tratamento apropriado deverá ser usado luvas, protecção para o pescoço e olhos (usando óculos apropriados), usar máscara para proteger o nariz e a boca e seguir as normas de segurança de aplicação constantes nos rótulos de cada produto);
             - Evitar frequentar pinhais infestados;
             - Informar e comunicar o risco;
             - Impedir que as crianças tenham acesso às zonas das árvores atacadas;
- Rápida observação e tratamento médico ou veterinário.

Se nas escolas houver algum indicador da presença da Processionária, deverá ser contacto o delegado de saúde, para se proceder a uma avaliação da problemática. Na ocorrência de algum sinal ou sintoma o delegado de saúde deverá deslocar-se à escola para avaliar os casos, efectuando um encaminhamento adequado. É necessário ter conhecimento que os sintomas geralmente são transitórios (menos de 24 horas) e que as peças de roupa deverão ser lavadas a altas temperaturas, maior ou igual a 60ºC, devido à proteína dos pêlos urticantes responsável pelas alergias (taumatopoína) só se desnaturar a partir destas temperaturas. Em caso de não existir este procedimento é possível voltar a ocorrerem reacções alérgicas.
A escola deverá em caso de ocorrência, registar os casos ocorridos.



Não toques na Processionária para proteger a tua saúde!


Segurança nas Épocas Festivas

Nunca é tarde para realçar, que nestas alturas festivas, devemos ter mais cuidado com as escolhas dos brinquedos para as crianças e dos produtos decorativos relacionados com esta época.
Assim, a “Direcção-Geral do Consumidor, entidade destinada a proteger os direitos e interesses dos consumidores, em particular o direito à saúde e à segurança, através de uma campanha denominada “Natal em Segurança”, pretende sensibilizar os consumidores para os cuidados a ter na escolha dos brinquedos e na utilização e manuseamento de produtos relacionados com esta época.
Dada a importância deste tema, a Direcção-Geral da Saúde, na qualidade de membro da Comissão de Segurança de Serviços e Bens de Consumo, associou-se à campanha “Natal em Segurança””. (Fonte: Direcção-Geral da Saúde)
Nesta campanha é realçada a importância na escolha dos brinquedos e artigos de Natal mais seguros, para minimizar os riscos de acidente, os cuidados a ter em conta na comprar dos brinquedos, tais como: ler os avisos de segurança e instruções do brinquedo, verificar a rotulagem e escolher os brinquedos adaptados as idades das crianças. Também são mencionadas as recomendações que se devem tomar em casa com os brinquedos, o que se deve saber sobre estes e em particular, conselhos sobre as decorações natalícias e em especial atenção às iluminações de Natal.


 



24 novembro, 2011

“Dá um final Feliz ao teu Lixo”

No passado dia 15 de Novembro de 2011, realizei uma Acção de Sensibilização em Educação Ambiental sobre Reciclagem, destinada a Crianças de um Centro Infantil com as Técnicas, Sandra Faísca e Sofia Duarte.
 A Acção de Sensibilização na área dos resíduos visou “contribuir para a criação de uma nova consciência ecológica, promover a formação de valores e atitudes tendentes à adopção de comportamentos favoráveis ao ambiente, designadamente a prática dos 3 R’s (Reduzir, Reutilizar e Reciclar). Ajudar no desenvolvimento de competências básicas nas crianças, incentivando à participação activa na preservação do ambiente urbano e estimulando o desenvolvimento das famílias e da comunidade.” (Fonte: Guia de Pistas…para melhorar o ambiente do Programa “Lisboa Limpa tem outra Pinta” 1999-2000, Câmara Municipal de Lisboa)
O objectivo desta acção foi sensibilizar as crianças para a realização da reciclagem e a prática dos 3 R’s (Reduzir, Reutilizar e Reciclar).
Para abordar o tema, começámos por mencionar algumas acções para se ser amigo do Ambiente, como por exemplo, não deitar o lixo para o chão, não cuspir para o chão e não tomar duches de imersão. Seguidamente, explicámos de uma forma simples a importância de fazer a reciclagem, quantos ecopontos existem e respectivas cores e o que cada um recebe.
Desta forma, demos início às actividades, para consolidar o tema abordado. Assim, a primeira actividade realizada foi “Reciclar é o que está a dar”, que tem como objectivo as crianças retirarem um material que deveriam depositar correctamente nos ecopontos mencionados anteriormente.


Imagem 1 - Actividade "Reciclar é o que está a dar"
 
Continuamente, realizámos uma Ficha de Actividades, em que as crianças deveriam pintar os caminhos, dos resíduos até ao ecoponto correspondente.

Imagem 2 - "Ficha de Actividades"

Seguidamente, realizámos também uma actividade denominada “Nem todo o lixo é lixo”, que tinha como finalidade decorar um desenho que lhes era facultado com materiais reciclados, praticando desta forma a Reutilização.

Imagem 3 - Actividade "Nem todo o lixo é lixo"

Imagem 4 - Actividade "Nem todo o lixo é lixo"

Para finalizar esta acção de sensibilização sobre a Reciclagem, disponibilizámos outras sugestões de actividades a realizar no Centro Infantil, como por exemplo, a Reciclagem de papel, a Recolha de Lixo na praia, a realização de uma Árvore de Natal Ecológica, entre muitos outros.



Educação Ambiental

“Educação Ambiental é Educar sobre o Ambiente, no Ambiente e pelo Ambiente” (Cristina Carapeto, 1998)
(Fonte: Carapeto, Cristina. Educação Ambiental. Universidade Aberta. Lisboa, 2001)

A Educação Ambiental envolve conceitos como a consciência, a participação e o respeito perante o Meio Ambiente que nos envolve.

Considera-se que a Educação Ambiental teve início, como domínio educativo, em 1972, na sequência das recomendações contidas na Declaração do Ambiente, documento que resultou da 1ª Conferência das Nações Unidas para o Ambiente, realizada em Estocolmo. Em 1977, na Conferência Intergovernamental sobre a Educação Ambiental, realizada em Tsibilisi (EUA), criou-se um processo de consciencialização sobre o valor da Natureza, para a população.

O objectivo da Educação Ambiental é consciencializar a população sobre os problemas do Ambiente, sendo que, a população deve ter conhecimentos, competências, motivações e sentido de compromisso, que permitam trabalhar individual ou colectivamente, na resolução dos problemas existentes e prevenir/impedir outros de novo.

 Assim: 

Segundo Fontes (1998), as crianças são o principal alvo do investimento educativo, pois este é o mecanismo através do qual os adultos terão de ser educados e sensibilizados para estas questões, tornando-se claro que a abordagem adoptada precisa de ser estruturada no sentido de tornar a população adulta mais consciente dos problemas ambientais, levando-a a agir de uma forma ambientalmente mais adequada
Acredito que as crianças podem agir como importantes catalisadores de mudança tanto no meio familiar como na comunidade, transmitindo o conhecimento ambiental e influenciando as atitudes e o comportamento dos pais.
É de sublinhar, e segundo o conteúdo funcional do Técnico de Saúde Ambiental (TSA), Decreto-Lei n.º 117/97 de 30 de Maio, este actua na área da Educação para a Saúde e Formação, nomeadamente no que compreende a participação em acções de promoção da protecção ambiental primária e da educação para o ambiente e para a saúde das populações, sendo competente para elaborar e executar projectos de educação para o ambiente que têm como objectivo a sensibilização e promoção da adopção de comportamentos, por parte das populações alvo, conducentes a um desenvolvimento sustentável, como pode realizar acções de sensibilização ambiental de âmbito comunitário, através de campanhas e de distribuição de informação à população residente na sua área de intervenção.

16 novembro, 2011

Higiene Respiratória e Etiqueta da Tosse

De acordo com as orientações da Direcção-Geral da Saúde (DGS), o Departamento de Saúde Pública da ARS Algarve I.P., recomenda à população, a vacinação contra a gripe sazonal.
Para além da vacinação, aconselha às pessoas com sintomas respiratórios, a tomada de medidas de controlo de infecção, nomeadamente Higiene Respiratória e Etiqueta da Tosse.


Assim, devem-se tomar as seguintes medidas: 
    - Cobrir a boca e nariz com um lenço de papel ao tossir e espirrar;
    - Colocar, imediatamente, o lenço de papel usado nos recipientes do lixo;
    - Tossir e espirrar para o braço e não para as mãos;
    - Lavar as mãos com água e sabão após contacto com secreções respiratórias e objectos contaminados
Imagem 1 – Cartaz sobre Higiene Respiratória e Etiqueta da Tosse (Fonte: http://www.dgs.pt/)

Deste modo, para uma boa prática de lavagem das mãos, propõem-se os seguintes procedimentos:
Imagem 2 – Cartaz sobre a Lavagem das Mãos (Fonte: http://www.dgs.pt/)

“Proteja-se do Frio”


Com a chegada do Inverno, as temperaturas começam a diminuir e o calor do Verão é substituído pelo frio do Inverno, muitas vezes rigoroso. A Estação do Inverno abrange os meses de Dezembro, Janeiro, Fevereiro e Março, sendo caracterizado, sobretudo pelas baixas temperaturas. Contudo, devido às mudanças climatéricas, o frio rigoroso chega cada vez mais cedo.
Deste modo, a ARS Algarve I.P., através do seu Departamento de Saúde Pública, activou no presente dia 15 de Novembro, o Plano de Contingência para as Temperaturas Extremas Adversas «Módulo Frio», que pretende vigiar e monitorizar as temperaturas do ar, com vista a activar Alertas, sempre que haja risco para a saúde da população.
A exposição ao frio tem um impacto negativo na saúde, tais como, o enregelamento, a hipotermia, o agravamento de diversas doenças, cardiovasculares e respiratórias e até pode provocar a mortalidade.
Assim, este plano tem como objectivo minimizar os efeitos negativos das temperaturas baixas na saúde da população Algarvia, divulgando recomendações como medidas de prevenção e protecção e reforçando a prestação dos cuidados de saúde.
Uma das medidas tomadas é a avaliação diária do risco da população do Algarve, classificada em três níveis de Alerta, conforme a sua gravidade, sendo da responsabilidade do Departamento da Saúde Pública.

 
Tabela 1 – Classificação dos Níveis de Alerta do «Módulo Frio»
Fonte: http://www.arsalgarve.min-saude.pt/site/index.php

Perante uma situação de risco, onde as temperaturas sejam preocupantes, será comunicado aos Serviços de Saúde, às Entidades com responsabilidade na Protecção da população, Instituições, Freguesias, Autarquias, Unidades Hoteleiras, entre muitos outros.
É importante tomar em especial atenção aos grupos de risco: os idosos, crianças, sem abrigo e à população que tenha problemas de saúde (doenças crónicas).

Para reforçar esta ideia é fundamental acompanhá-la com um folheto sobre o Plano de Contingência para as Temperaturas Extremas Adversas «Módulo Frio».

Imagem 1 - Folheto sobre o Plano de Contigência para as Temperaturas Extremas Adversas «Módulo Frio»
Fonte: http://www.arsalgarve.min-saude.pt/site/images/centrodocs/Folheto_Modulo_Frio_2011.pdf

14 novembro, 2011

A Unidade de Saúde Pública de Vila Real de Santo António

A Unidade de Saúde Pública, do Centro de Saúde de Vila Real de Santo António, do ACES Sotavento é constituída por uma equipa de trabalho multidisciplinar, sendo composta por um Médico de Saúde Pública, uma Higienista Oral, uma Administrativa e duas Técnicas de Saúde Ambiental, que irei acompanhar.

As Técnicas de Saúde Ambiental da Unidade de Saúde Pública intervêm nas seguintes áreas:

  • Vigilância Sanitária de Água para Consumo Humano
  • Vigilância Sanitária de Águas Balneares
  • Vigilância Sanitária de Piscinas Públicas e Semi-Públicas
  •  Prevenção de Doenças dos Legionários em Estabelecimentos Hoteleiros
  • Vigilância Sanitária de Estabelecimentos de Restauração e Bebidas
  • Vigilância Sanitária dos Estabelecimentos de Comércio Alimentar e de Prestação de Serviços
  • Vigilância Sanitária dos Estabelecimentos Hoteleiros
  • Vigilância Sanitária dos Estabelecimentos Industriais
  • Vigilância Sanitária Prestadores de Serviços e de Estabelecimentos de Apoio Social
  • Vigilância Sanitária de Unidades Privadas de Serviços de Saúde e Unidades de Internamento de Cuidados Continuados Integrados
  • Vigilância de Doenças Transmissíveis – Toxinfecções Alimentares
  • Vigilância Sanitária em Cantinas e Refeitórios de Estabelecimentos de Saúde com Internamento, Escolares e Lares e outros Estabelecimentos Sociais
  • Avaliação das Condições de Segurança, Higiene e Saúde nos Estabelecimentos de Educação e Ensino
  • Vigilância das Condições de Higiene e de Segurança em Parques Infantis
  • Prevenção de Doenças Transmitidas por Artrópodes (Insectos e Ixodídeos)
  • Intervenção Ambiental (Reclamações por Poluição e Insalubridade)
  • Licenciamento de Exercício da Actividade de Acampamentos Ocasionais
  • Promoção da Qualidade Microbiológica das Refeições em Estabelecimentos de Educação
  • Gestão dos Resíduos Hospitalares
  • Educação Ambiental/Educação para a Saúde
  • Sanidade Marítima
 
Desta forma, irei acompanhar as Técnicas de Saúde Ambiental, Sofia Duarte e Sandra Faísca, com o intuito de aprender e aplicar as competências adquiridas ao longo do curso, de forma acertada. Em suma, é um grande privilégio estar inserida nesta equipa, pois irei reter todas as informações transmitidas nas diversas áreas de intervenção desta unidade.

Bem-vindos à “Pegada Ambiental”

“A Saúde Ambiental compreende os aspectos da saúde humana (...) que são determinados por factores físicos, químicos, biológicos, sociais e psicológicos do ambiente. (...) inclui a avaliação, a correcção, a redução e a prevenção dos factores no ambiente que, potencialmente, podem afectar de forma adversa a saúde das gerações presentes e futuras.”
Plano Nacional de Saúde 2011
Olá Caros Leitores, sejam bem-vindos!

Sou a Ana Sanguessuga, aluna do 4º ano do II Curso de Licenciatura em Saúde Ambiental da Escola Superior de Saúde de Beja. Encontro-me a realizar o estágio curricular em Vila Real de Santo António, no Centro de Saúde, na Unidade de Saúde Pública do ACES Sotavento, unidade funcional de Vila Real de Santo António.
Esta Unidade de Saúde Pública faz parte de uma rede pública de cuidados primários do Algarve, sendo constituído por três agrupamentos de Centro de Saúde (ACES), sendo eles, ACES Algarve I – Central; ACES Algarve II – Barlavento e ACES Algarve III – Sotavento

Vila Real de Santo António situa-se no Algarve, no distrito de Faro, junto à fronteira Espanhola. Este município é dividido em três freguesias, sendo estas, Vila Nova de Cacela, Monte Gordo e Vila Real de Santo António.
Imagem 1 – Freguesias do município de Vila Real de Santo António

O concelho de Vila Real de Santo António é circunscrito por Tavira, Castro Marim, Rio Guadiana e pelo Oceano Atlântico.


Curiosidade:
O Rio Guadiana separa o extremo português do extremo espanhol e durante muito tempo, Castro Marim era a cidade que protegia o território nacional, nesta zona, da vizinha Espanha, devido aos problemas políticos. Consequentemente, em 1773, foi assinada uma Carta Régia que mencionava a criação de uma cidade no extremo algarvio, intitulada Vila Real de Santo António.
Esta cidade surgiu no local onde antes existia uma povoação de pescadores denominada Santo António da Arenilha. O ministro do Rei D. José I, Sebastião José de Carvalho e Melo (Marquês de Pombal), foi o responsável pela fundação desta cidade.
Em 1774, as Casas da Câmara, da Alfândega e os quartéis foram terminados e a Igreja estava em construção. Após dois anos, as obras estavam concluídas, sendo os edifícios construídos do mesmo modo que os da Baixa Lisboeta, em paralelo e perpendicular. A cidade de Vila Real de Santo António centra-se na Praça Marquês de Pombal perto da grande marginal do Rio Guadiana.

Imagem 2 – Praça Marquês de Pombal, centro da cidade de Vila Real de Santo António

Entre os séculos XIX e XX, a cidade vivia do sector da pesca, sobretudo da sardinha e do atum, tornando-se num importante centro pesqueiro e conserveiro, também sendo o porto para os barcos importante devido ao transporte mineiro que se fazia desde as minas de São Domingos.
Actualmente, Vila Real de Santo António vive do turismo, devido às inúmeras praias que trazem turistas nacionais e estrangeiros. As fontes de rendimento desta região são a restauração, a hotelaria e o comércio.